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Nova tradução de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, de Allan Kardec, em português de Portugal
com prefácio de apresentação da filosofia espiritualista para pessoas espíritas e não espíritas, e NOTAS finais de contextualização e actualização cultural.
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NA COLUNA DO LADO DIREITO
O espiritismo é uma cultura acessível, que pode contribuir para a felicidade de todos. FAÇAM O FAVOR DE LER esta notícia até ao fim.
A visão da vida das pessoas com a explicação natural e simplificada da origem e do destino das suas existências, pode fazer-se numa conversa breve, entre amigos, acessível a todos.
Foi assim que, na adolescência já muito longínqua, um amigo nos descreveu com facilidade espontânea as noções essenciais da cosmovisão espírita.
O efeito dessa conversa amistosa ficou connosco para sempre e, no tempo em que o dogmatismo religioso coabitava irmãmente com a ditadura política, não havia outro modo de dar entrada na cultura espírita, por ser actividade proibida pelas polícias do tempo, sobretudo a de natureza religiosa que sustentava a ideia de que os espíritas falavam com o diabo!...
Estávamos em pleno século XX, cerca de 1.500 anos depois do concílio de Constantinopla que expulsou dos “textos sagrados” o conceito de reencarnação!…
Como detalhe precioso, e porque há muita ingenuidade e falta de memória por aí, não é escusado dizer-se que a venda de livros espíritas estava, nesse Verão quente de fim dos anos 50, no “Index” religioso do regime, isto é, era proibida pela “censura”!…
O método dialogante e aberto entre grupos de pessoas interessadas, a que acima se faz referência, continua a ser possível.
Uma conversa entre amigos vale muito mais que uma palestra bem encenada e é o melhor caminho para o conhecimento emancipador das informações de ordem natural, que têm sido:
- registadas ao longo da História da Humanidade por incontável número de epísódios de uma fenomenologia vastíssima e muito complexa, testemunhada por sábios, estudiosos, escritores e gente simples, que foram arrumando na sua consciência – uns mais racionalmente, outros mais intuitivamente – muitas coisas extraordinárias ainda ignoradas pela maioria das criaturas viventes no Planeta!…
- continuadamente investigadas nos séculos mais recentes, sobretudo pelo estudo e pela experimentação da prodigiosa utilidade funcional do Magnetismo animal, magnetismo curativo ou biomagnetismo.
- e aprofundadas com a colaboração indispensável dos hipersensíveis dotados de mediunidade, na sequência do que foi feito ao longo dos séculos, mas actualmente de acordo com os princípios e a metodologia delineados por Allan Kardec.
Os dois autores da tradução aqui mencionada não vão esquecer-se de prestar homenagem fraterna ao nosso querido amigo Joaquim Inácio Zapata de Vasconcelos (O “Senhor Vasconcelos” que era músico e homem de cultura) que, ao fim de um dia de Verão, em Leiria, passeando ao fresco da noite, nos contou tudo a respeito do espiritismo!…
Leiria, cidade da nossa juventude, onde eram abundantes e muito prestigiados culturalmente os adeptos da doutrina espírita!…

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A característica essencial desta tradução,
sugere a passagem de toda a obra de Kardec para o português que se fala em Portugal, num clima cultural aberto, e propõe o regresso metódico a uma obra muito conhecida pelo seu nome, mas escassamente estudada e ainda menos debatida;
abrindo o seu acesso, se possível, a novos públicos e a jovens inquietos pelo grande mistério da sua origem e do seu destino.
Acentuamos que os comentários anexos em Notas finais que irão ser substancialmente reforçadas em futuras edições, são apenas uma breve incursão no domínio de um debate de ideias que gostaríamos de ver partilhado e enriquecido pelo maior número de leitores, espíritas e não espíritas.
O destino adequado para “O Livro dos Espíritos” não é permanecer imóvel, como peça sacralizada de ideias petrificadas. Julgamos que deve ser entendido por todos os seus leitores de antes, de agora e do futuro, como uma obra energicamente VIVA e justificadamente ABERTA.
“O Livro dos Espíritos”, foi escrito por Hipólito Leão Denisard Rivail, sob o pseudónimo de Allan Kardec, e a sua tradução foi feita diretamente a partir da língua francesa, conforme a segunda edição original de 1860, de modo a torná-lo acessível a todas as pessoas que falam a língua portuguesa dos dias de hoje, isto é, do ano de 2016.
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O espiritismo falado em português de Portugal
Temos pesquisado o que é possível para encontrar traduções com o grau desejado de autonomia e autenticidade linguística para o português de Portugal dos dias de hoje. No mercado imediatamente acessível só encontrámos versões revistas para português, mas visivelmente subsidiárias das antigas traduções brasileiras, com todas as respetivas características.
Pensamos que não é prestigiante para os espíritas portugueses terem deixado passar tanto tempo sem afirmar uma desejável autonomia cultural, que tivesse realizado a tradução completa de todas as obras de Allan Kardec, incluindo a Revista Espírita. A obra de Allan Kardec teria ganho, junto dos utilizadores da esplêndida língua portuguesa, mais vigor e trato familiar.
De resto, o impulso principal de termos concretizado este intento desejaria abarcar todos os públicos, desde aqueles que já se consideram integrados na magnífica cultura espírita, aos que nunca dela tiveram um conhecimento mínimo e que só agora possam ter sentido interesse em saber do que se trata.
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Carácter da obra e suas qualidades essenciais
“O Livro dos Espíritos” trata de assuntos de índole universal, cujo conhecimento é indispensável a todos os seres humanos e conscientes do seu devir ontológico. É nesse plano que pode e deve ser entendida a necessidade de estudarmos a vida, os seus antecedentes e consequentes.
Saber quem somos e saber ao certo o que vai ser de nós para sempre: que coisa haverá mais importante do que isso?
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