Da noção de “campo estruturador” à ideia de Modelo Organizador Biológico
Coloquemos limalha de ferro sobre um papel e, por debaixo do papel, um íman. A limalha “organiza-se” imediatamente sobre a superfície do papel, construindo uma estrutura (ou modelo…) de fragmentos, num formato deste tipo:
O que a imagem mostra é a “ação estruturadora” de uma força magnética sobre as partículas de limalha de ferro. O “campo energético” do íman exerce um efeito mecânico sobre a limalha, que fica “organizada” sobre a folha de papel de acordo com o seu “potencial estruturador”.
No momento em que o nosso querido pai depositou no corpo de nossa querida mãe a sementinha que se associou ao óvulo que nela tinha surgido oportunamente, o nosso perispírito, devidamente alertado pelo “departamento celeste das reencarnações” tomou posição, apoderando-se imediatamente do papel que lhe coube na formação das nossas entidades pessoais.
O perispírito passou a ter, desde esse momento, sobre todas as nossas células, tecidos, órgãos e sobre todos os incontáveis aspetos da nossa individualidade, exatamente as mesmas funções de “campo energético estruturador” que o íman teve sobre a limalha de ferro.
O perispírito, em serviço instante por instante, desde a conceção até ao fim dos nossos dias!…
O íman serviu-nos aqui como ideia básica de um campo estruturador, ou seja, uma fonte de energia que pode orientar partículas de matéria segundo certo “modelo estruturado”.
É isso que faz o nosso perispírito mas, evidentemente, de forma infinitamente mais complexa e inteligente e, seja dito desde já, numa tarefa de longa duração que – além de funções de natureza transcendente – é o gestor vital do funcionamento do corpo durante a vida e se estende para além da morte, durante toda a nossa evolução, ao serviço do Espírito.

Esta sequência de imagens, meramente esquemáticas, representa aquilo que se passa no ventre das futuras mães, no que toca à vertiginosa multiplicação de células durante os primeiros 23 dias de gravidez. No 23º dia é possível ver-se já o saco amniótico, com as primícias do embrião e o próprio cordão umbilical. Elaborações complexíssimas, dirigidas por um prodigioso MODELO ORGANIZADOR BIOLÓGICO: o perispírito, sob a direcção do Espírito detentor de uma DIVINA partícula de PRINCÍPIO INTELIGENTE.
A organização de um ser, o mais complexo e extraordinário de toda a criação
Se não fosse o perispírito, o que teria acontecido ao desenvolvimento do embrião já em processo rapidamente evolutivo no corpo de nossa querida mãe?
As células corporais, multiplicando-se anarquicamente, tornar-se-iam apenas uma massa informe sem nenhum dos atributos de um corpo, capaz de servir como habitáculo funcional e dinâmico.
Com efeito, o processo normal que dá origem à gestação de qualquer ser humano é orientado por um extraordinário campo energético que é o perispírito, superiormente dirigido, não esqueçamos isso, por um ESPÍRITO em tarefa de aprendizagem e evolução positiva, incessante e infinita.
Todas as pessoas ficam enternecidas e impressionadas com a formação da vida, e todos acham prodigioso que a simples atitude de gerar filhos aconteça com tão impressionante normalidade.
O prodígio da criação dos seres assim configurado, nada tem de singelo ou casual. Deriva, sim, de um encadeado admirável de propriedades excelentes dos seres vivos, animados pelo Espírito, e destinados a nascer, crescer e desenvolverem-se norteados pelos mais extraordinários privilégios da sua condição divina.
O Espírito dos seres humanos usa o potencial energético do seu perispírito desde sempre, para governo do corpo material e para que cumpra um sem número de tarefas imprescindíveis à formação e evolução dos seres. Usa-o também como seu corpo subtil durante as existências entre encarnações, e continuará a ser dispositivo fundamental ao longo de toda a sua evolução até alcançar o invejável estatuto de Espírito puro.
Conforme claramente nos ensina a pergunta nº 186 de “O Livro dos Espíritos”:
Há mundos em que o Espírito, deixando de viver num corpo material, só tem por revestimento o perispírito?
– Sim, esse mesmo revestimento torna-se de tal maneira purificado que é como se não existisse. É o estado dos Espíritos puros.
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NOTA: As imagens acima foram pesquisadas e pertencem a um livro do ensino secundário em Portugal, da autoria de Jacinto Rosa Moreira, Helena Sant’Ovaia e Vítor Nuno Pinto, com revisão científica de Nuno Formigo e revisão pedagógica de Margarida Morgado, e foi editado por Areal Editores. Como referência essencial, devo acrescentar que foi usado por um dos meus netos.
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