Árvore e Luar, grafite e acrílico s/ tela; 11 de Maio de 2001; Costa Brites
Não sendo profissionais, lemos Allan Kardec nas suas versões originais, com o intuito de conhecer e divulgar a sua magnífica obra.
Tendo feito o melhor trabalho que nos foi possível, oferecemos aqui a final corrigida de “O Céu e o Inferno”. Merece descarga para o vosso arquivo e uma leitura completa.
Portugal é um país que os estrangeiros que nos visitam ou que para aqui vêm residir consideram pacífico, sereno e em que se pode viver sem a ameaça constante que abunda, infelizmente, por esse mundo fora. Os portugueses, contudo, são frequentemente surpreendidos por notícias de não nos libertam, de maneira nenhuma, de preocupações pela falta de generosidade, de sentido de convivência e que, numa ordem mais geral, nos colocam longe da perfeição dos bons costumes e das práticas generosamente amigáveis. O caso lamentável e que nos prova que estamos muito longe da melhor convivência civilizada e amistosa é – entre outros exemplos – o da violência doméstica. Chega a acontecer o caso absurdo dos namorados espancarem as namoradas, mesmo que depois se venham a casar com elas!…
Haverá em Portugal um conhecimento adequado da cultura espírita?
Os centros espíritas em Portugal são núcleos de boas pessoas, com a vontade evidente de se aproximarem de um modelo de vida óptimo, mas que têm sido muito prejudicados pela sua falta de independência face a influências ideológicas predominantemente originárias daquilo que se passa no Brasil. Não vale a pena pormenorizar, a evidência de tal fenómeno parece-me evidente, mas está a tornar-se insuportável no momento em que no próprio Brasil se têm estado a afirmar, com imensa força moral e intelectual, transformações de ordem históricocultural, verdadeiramente extraordinárias.
O que é que isso tem a ver com a nossa tradução de “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec?….
A nossa compreensão muito fácil do ideia que temos do espiritismo, deriva do verdadeiro começo dos nossos dias, no início dos anos quarenta, devido a uma intuição fora do comum para este tipo de cultura. Para mais, a cidade de Leiria, onde um de nós vivía, deu-nos o conhecimento bastante aprofundado de tudo que com ele se relaciona. Além disso, o nosso circulo familiar relacionava-se, há mais de cem anos, com o espiritismo.
O decurso das vidas levou-nos para longe e perdemos o contactos com os espíritas, que só retomámos, em pleno, há pouco mais de vinte anos. A nossa juventude e toda a nossa idade adulta foi vivida muito longe do trágico movimento “roustainguista”, tendo-nos parecido os raros contactos com o meio espírita muito estranhos, face à ideia que tínhamos do espiritismo. Foi então que começámos a ler Allan Kardec, nos livros franceses antigos e autênticos, pesquisados junto de bibliotecas francesas institucionais.
A adulteração dos dois livros finais de Allan Kardec, depois do seu falecimento, em França; a “Génese” e “O Céu e o Inferno”, e o desvio dramático de toda uma cultura, cujo objectivo era a libertação da própria HUMANIDADE.
Neste blogue já inserimos notas informativas mais do que suficientes para esclarecer como se passou todo este fenómeno, nomeadamente através da abordagem do tema do aparecimento do roustainguismo e da recente ideia da Revolução Espírita, levada a cabo pelo autor brasileiro Paulo Henrique de Figueiredo, a recolocação da ideia da Autonomia e do Livre Arbítrio, fortemente relacionadas com as adulterações de “O Céu e o Inferno”, que estão cuidadosamente pesquisadas em artigo aqui publicado
Share this: divulgue junto de todos os amigos. Obrigado
O importante artigo que publicamos abaixo é de autoria de um importante intelectual e publicista brasileiro que encontrámos na alargada participação que mantemos na net (neste caso no facebook, sob o nome de José da Costa Brites). Edson Figueiredo de Abreu, consegue alinhar um conjunto de ideias que, quanto à metodologia de intervenção e de trabalho, se aplicariam perfeitamente ao caso Português. Por isso se justifica plenamente a sua publicação, para além de revelar a vasta experiência e a capacidade de análise que o artigo largamente nos oferece. As nossas mais amistosas saudações aos espíritas brasileiros e a Edson Figueiredo de Abreu a maior consideração e os votos de continuada e profícua ação em benefício da grande cultura espírita; aquela que aplaina os caminhos que trilhamos com enorme entusiasmo e a maior convicção em direção ao brilhante futuro que a todos nos espera, no além das luzes, dos sentimentos universais e da presença envolvente do esplendor DIVINO.
B
da autoria de EDSON FIGUEIREDO DE ABREU
A Doutrina Espírita é a clássica codificação – elaborada no extrafísico – pelos Espíritos Superiores e organizada – no plano físico – por Allan Kardec. O Espiritismo, como também é conhecido, foi formulado por Allan Kardec, primeiramente observando os fenómenos e estudando suas causas e efeitos; depois, ponderando sobre os diversos ensinos recebidos, os organizou e colocou em ordem didática; por fim, comentando-os e difundindo-os através de 32 publicações ao longo de 12 anos de dedicado e extenuante trabalho. É importante frisar que Kardec preocupava-se e primava pela “unidade e integridade da doutrina espírita”, como podemos constatar no seu seguinte comentário:
“Um dos maiores obstáculos capazes de retardar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade e o único meio de evitá-la, senão quanto ao presente, pelo menos quanto ao futuro, é formulá-la em todas as suas partes e até nos mais mínimos detalhes, com tanta precisão e clareza, que impossível se torne qualquer interpretação divergente”. (Allan Kardec em Obras Póstumas – cap. 84 – Projeto 1868)
Já o chamado Movimento Espírita, é o que os espíritas, aqueles adeptos do Espiritismo, realizam em nome dessa doutrina. Neste sentido é preciso ter em mente que, depois de Allan Kardec, não existe alguém ou algo – seja médium, espírito ou organização – que possa falar em nome da Doutrina Espírita como seu representante oficial, apesar da soberba pretensão de alguns. Por ser a doutrina do livre pensar, qualquer manifestação, escrita ou oral, emitida por dirigentes, médiuns ou federativas que não tenham como base a codificação, devem ser levadas em conta como interpretações adaptadas ou ainda opiniões conceituais sobre os princípios do Espiritismo. E qual seria, então, a responsabilidade dos espíritas em relação a doutrina? É preciso ter em mente que nem todo “médium” é espírita e nem todo “espírito” que se manifesta também o é. Não é preciso se aprofundar muito na análise de algumas mensagens que circulam no movimento espírita, para constatar, com relativa facilidade, que muitos médiuns e muitos espíritos não conhecem os princípios básicos da codificação.
Também é preciso ter em mente que a maioria dos espíritas chegam à doutrina trazendo uma série de conceitos, preconceitos, costumes, crenças e condicionamentos adquiridos nos usos e costumes e nas religiões tradicionais anteriormente professadas.
Em respeito ao trabalho dos Espíritos Superiores e ao próprio Allan Kardec, todo espírita sério precisa estudar, se conscientizar e estar bem-preparado para fazer a necessária análise de tudo e atuar corretamente no Movimento Espírita, questionando e aceitando o que for bom, como também recusando o que não for condizente ou ainda contraditório com a codificação elaborada por Kardec. Infelizmente no Brasil, devido à falta de estudo da codificação, o chamado Movimento Espírita, que é recheado de médiuns e editoras com interesses comerciais, apresenta muitas falhas, deturpações, rituais e enxertos indevidos, tanto nas ideias e conceitos, como nas práticas espíritas. Para espanto geral, actualmente o mercado editorial espírita conta com mais de 8.407 livros editados por aproximadamente 181 editoras e 1.691 médiuns diferentes. Destes, 3.183 livros foram ditados por 712 espíritos a 434 médiuns. Esses números se baseiam em pesquisa realizada por Ivan Rene Franzolim em 2017.
Assim sendo, a pergunta que não quer calar é: Como manter, neste cenário, a unidade da codificação preconizada por Kardec e o CUEE? (Controle Universal dos Ensinos dos Espíritos)?
Somente com o estudo sério da base doutrinária organizada por Allan Kardec, é possível adquirir a capacidade de raciocínio necessária para discernir entre o joio e o trigo, e aprender a separar o que de fato é doutrinário, das opiniões pessoais de médiuns e espíritos ou ainda organizações. São poucas as editoras que mantém um corpo doutrinário para avaliar as obras psicografadas antes de lançá-las e, na realidade, muitas não o fazem, o que contribui para pôr a perder a base doutrinária calcada no raciocínio e bom senso, originando confusão e a implantação de crendices e superstições. Este cenário também contribui para a criação de um ambiente em que se aceita de tudo, principalmente o servilismo cego e o religiosíssimo fátuo calcado em ideias de pecados e resgates, assim como também a anuência da existência do maravilhoso e sobrenatural, além de práticas, as mais estranhas. A falta de estudo da base doutrinaria elaborada por Kardec contribui também para a ascensão de gurus e pseudossábios que, sem nenhum pudor, se colocam como baluartes do espiritismo, emitindo sua opinião para todo tipo de assunto, sem deixar claro que se trata de seu conceito particular, adquirido da sua interpretação da doutrina, e não do Espiritismo em si. Mas isso não é de estranhar, pois já na época de Kardec, a Doutrina Espírita, assim que surgiu, causou admiração e satisfação para alguns, espanto e receio para outros e sentimentos de escarnio e ódio para muitos. Foi severamente combatida e perseguida pelo poderio religioso – veja o auto de fé de Barcelona em 1861 -, o que fez com que alguns de seus profitentes tentassem modificá-la em alguns pontos e também enxertar novos conceitos, procurando adequá-la as ideias religiosas vigentes. (Vide os livros – Os Quatro Evangelhos de Jean Batista Roustaing).
Esta situação fez com que Kardec inquirisse os espíritos a respeito, através da seguinte questão: “As doutrinas erróneas, que certos Espíritos podem ensinar, não têm por efeito retardar o progresso da verdadeira ciência?” “Desejais tudo obter sem trabalho. Sabei, pois, que não há campo onde não cresçam as ervas más, cuja extirpação cabe ao lavrador. Essas doutrinas errôneas são uma consequência da inferioridade do vosso mundo. Se os seres fossem perfeitos, só aceitariam o que é verdadeiro”. “Os erros são como as pedras falsas, que só um olhar experiente pode distinguir. Precisais, portanto, de um aprendizado, para distinguirdes o verdadeiro do falso. Pois bem! as falsas doutrinas têm a utilidade de vos exercitarem em fazerdes a distinção entre o erro e a verdade. Se adotam o erro, é que não estão bastante adiantados para compreender a verdade.” (O Livro dos Médiuns – cap. 27 – item 301 – 10ª questão)
Porém, infelizmente o Movimento Espírita no Brasil não seguiu, desde o início, os conselhos dos Espíritos Superiores e o CUEE proposto por Kardec. Devido ao momento histórico, os primeiros espiritas tinham crenças católicas muito fortes e enraizadas, afinal a igreja exercia forte influência no comando do estado. Então, o espiritismo no Brasil passou a receber, em larga escala, uma grande influência religiosa que culminou com muitos enxertos doutrinários, uns inclusive, totalmente em desacordo com a própria base doutrinária original, chegando mesmo a desfigurá-la em alguns aspectos, a saber:
a) Deus que pune pela reencarnação e sentencia através de pecados e culpas; b) Exaltação mística da luta da luz contra as trevas; c) Substituição dos santos católicos por médiuns e espíritos; d) Ideia presunçosa de que o Brasil é o coração do mundo e pátria do evangelho; e) Ascensão paralela , direta e reta de Jesus, mantendo-o como um semideus; f) Jesus como governador planetário; g) Exaltação e culto a Maria, apresentado no plano espiritual servos e lanceiros; h) Confirmação da existência de Almas Gêmeas; i) Apresentação de zonas purgatórias católicas como o Umbral e o Vale dos Suicidas; j) A mulher devendo cuidar dos afazeres domésticos e ser submissa ao homem; k) Existência de animais e crianças no plano espiritual; l) Degeneração espiritual a ponto de transformar o espírito em ovoide e alusão a segunda morte; m) Cidades organizadas no plano espiritual com muros protetores e armas de defesa; n) Alimentação no plano espiritual; o) Órgãos no períspirito similares aos do físico; p) Rituais de casamentos e casais no plano espiritual; q) Procriação no plano espiritual; r) Moeda pecuniária no plano espiritual (bónus horas); s) Compra de tickets para ingressar em eventos; t) Datas marcadas para eventos catastróficos ou a transformação planetária etc.
Diante deste cenário, como é possível ao espírita se manter longe das crendices, sabendo discernir entre o que é estapafúrdio e o que é racional?
Como salvar a Doutrina Espírita do movimento espírita, contribuindo para que estas ideias não se propaguem?
1) Estudar as 32 obras de Kardec, iniciando pelos chamados livros básicos, para entender os princípios fundamentais da doutrina; 2) Não aceitar tudo do movimento espírita prontamente, raciocinar, questionar, ler, ouvir, trocar ideias; 3) Conhecer e divulgar corretamente o Espiritismo, sem ficar replicando ideias e falas de expositores ou médiuns famosos; 4) Não acreditar que a Doutrina Espírita precise de órgãos reguladores se auto intitulando “casa mater” do espiritismo; 5) Considerar as informações e mensagens de livros paralelos sob o crivo da razão, da verdade, da utilidade e da bondade; 6) Antes de se pôr a defender teses espíritas se questionar e se perguntar: – eu conheço bem a doutrina espírita, sei os seus princípios fundamentais? – Eu tomo cuidado para não divulgar e replicar informações doutrinárias não confirmadas na base? Lembrar que tudo que se pregue, divulgue e pratique contrário aos princípios da Doutrina Espírita, é responsabilidade direta de quem escreve, quem ensina; quem dirige casas espíritas; de quem comanda sessões mediúnicas e de quem psicografa. Então, ao verdadeiro espírita, questionar tudo, não só é permitido, como é extremamente necessário. Salvemos a doutrina espírita dos espíritas!!!
Share this: divulgue junto de todos os amigos. Obrigado
Para conseguir ver todos os elementos do quadro docente desta faculdade é favor clicar na imagem
Fundada em 1967 pelo Dr. Ian Stevenson, a DOPS (Division of Perceptual Studies) da Universidade de Virgínia, em Charlottesville é um grupo universitário de investigação há muito estabelecido, exclusivamente dedicado à análise de fenómenos que desafiam as correntes principais do paradigma materialista ainda dominante quanto à mente e ao cérebro, como estruturas ligadas e interdependentes. Ao contrário, os investigadores da DOPS estão a avançar no estudo dos fenómenos relacionados com a consciência como entidade independente claramente fora do corpo, bem como os fenómenos que revelam directamente a sobrevivência da consciência humana depois da morte física. Através de estudo cuidadoso, os investigadores do DOPS analisam e documentam os dados empíricos que foram registados quanto às experiências humanas que revelam a sobrevivência da consciência em casos de morte física, aparecendo a mente e o cérebro como diferentes e separados.
“É nossa a esperança de que outros cientistas de mente aberta se aproximem de nós para continuarmos os desafios de um estudo sério, o da natureza da consciência e as suas interacções com o mundo físico.”
O professor Ian Stevenson, fundador do DOPS, (1918 – 2007) que desenvolveu profundos estudos experimentais relacionados com a tese das vidas múltiplas, ou reincarnação.
As investigações da Divisão de Estudos de Perceção (DOPS) da Universidade de Virginia, entre outros, incluem:
Investigação dos meninos que, ao redor do mundo, relataram casos de memórias retidas de vidas passadas;
Investigação da consciência; casos comprovados de relacionamento da mente separada do corpo;
Estudo de imenso número de casos de Experiências de Quase-Morte (EQM, Near Death Experiences, NDE, em inglês), para sistematização científica, mediante entrevistas com os respetivos protagonistas;
Estudo de neuro-imagens de casos PSI; etc
O vídeo aqui apresentado desenvolve-se, naturalmente, em língua inglesa. Para melhorar a sua compreensão, sugere-se o uso das legendas, também em inglês, que é possível inserir num dos comandos, do lado direito em baixo. O processo de inserção é automático, por isso, não 100% perfeito.
Neste vídeo, a respeito da VIDA DEPOIS DA MORTE está documentado uma série de depoimentos de 5 professores universitários, sendo moderador um conhecidíssimo escritor e actor, John Cleese, um dos fundadores do Monty Python, e teve lugar no dia 12 de Abril de 2018 no Paramount Theatre em Charlottesville, com os seguintes participantes:
Emily Williams Kelly, Ph.D. , UVA, Assistant Professor of Research, Division of Perceptual Studies, Department of Psychiatry and Neurobehavioral Sciences:
Edward Kelly, Ph.D. Professor of Research, Division of Perceptual Studies, Department of Psychiatry and Neurobehavioral Sciences | Universidade de Virgínia;