As EQM’s confirmam cientificamente factos já conhecidos pelo espiritismo

>AS EXPERIÊNCIAS DE QUASE-MORTE (EQM)

 o mais importante conjunto de factos  com comprovação científica reveladores da vida depois da morte no decurso da História da Humanidade

Ver outros artigos a respeito deste assunto no sector: EQM NDE

“…Van Lommel chegou à inevitável conclusão de que é completamente provável que o cérebro deve ter funções que facilitam o exercício da consciência mas que não a produzem.

Ao ter instituído como tema científico a acção da consciência como fenómeno não localizado e, por isso, omnipresente, Pim van Lommel põe em causa um dos paradigmas puramente materialistas da ciência…

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Dada a importância e crescente notoriedade das EQM’s na demonstração de que existe vida para além da morte, num contexto claramente coincidente com as teorias definidas pela codificação espírita, “espiritismo cultura” continua a abordagem do referido tema.

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É muito pouco viva e fracamente documentada a atenção dispensada ao tema das chamadas Experiências de Quase-Morte ou de Morte Iminente (EQM ou EMI) no contexto dos movimentos espíritas, facto que me parece distanciado do que é pressuposto na letra e no espírito da codificação de Allan Kardec, pela decisão de permanecer atenta aos progressos do conhecimento em geral e da ciência em particular.

De notar que a eclosão deste tipo de acontecimentos é devido a desenvolvimentos na área técnico-científica e sua análise largamente documentada já tem – pelo menos – quatro dezenas de anos.

Por outro lado o seu estudo e divulgação provém de um meio tradicionalmente avesso à aceitação mínima de factos relacionados com a vida espiritual, ou seja, completamente agnóstico: a classe médica em geral e, neste caso, dos países tecnologicamente mais desenvolvidos do mundo: Estados Unidos da América, Holanda, França, Alemanha, Canadá, etc.

Entre nós, à parte a profunda consciência que o mundo espírita possui – por outras vias – da vida depois da morte, a pouca informação relativa à causalidade deste tipo de fenómenos deve-se a um generalizado desconhecimento do tema, à pouquíssima cobertura dos meios de comunicação social − sob o império de determinações praticamente insondáveis − e, ainda, pela escassez das traduções de material esclarecedor do assunto.

O esclarecimento cada vez mais documentado de tais experiências será uma oportunidade insuperável para demonstrar teses há cento e cinquenta anos sustentadas pela terceira revelação, mau grado o cepticismo reinante no meio científico e a reserva de certas instituições culturais e de comunicação social.

Esta imagem simula uma acção de Ressuscitação Cardiopulmonar por meio de desfibrilador, cuja prática exige especialistas devidamente treinados.

O momento em que começou a grande eclosão de fenómenos propriamente ditos foi a partir de fins dos anos sessenta, devido à colocação em uso pelas emergências médicas de equipamentos anteriormente descobertos (desfribiladores, entre outros). Até essa altura era praticamente impossível fazer reverter processos de morte em caso de paragem cardíaca, paragem respiratória e cessação de actividade cerebral.

As provas de uma outra vida tornadas perfeitamente evidentes

Uma enorme quantidade de pessoas, vítimas de acidentes ou de outras situações limite, depois de uma comprovada morte clínica, com paragem cardíaca e paralização completa da actividade cerebral, têm sido reanimados em todo o mundo por processos agora crescentemente difundidos em acções de salvamento ou socorro de emergência hospitalar.

Do número total dessas pessoas, há cerca de 18% que se lembra da sua viagem ao outro lado da existência, com farta quantidade de recordações de grande nitidez de que resultam memórias inapagáveis e, mais do que isso: a ocorrência de efeitos transformadores do carácter e das concepções de vida!

É preciso que se diga de forma rigorosamente clara que essas experiências não passam de viagens de ida e volta ao mundo espiritual, ao outro lado da vida, em estado de lucidez muito mais acentuado daquele que nos permitem os nossos próprios sentidos, com registo detalhado de vivências extraordinárias que incluem, em resumo e em geral:

  • percepção de um ambiente acolhedor, onde reina a mais intensa sensação de segurança e de AMOR UNIVERSAL;
  • uma recepção fraterna, a maioria das vezes protagonizada por entes que nos são queridos que já partiram antes para a vida espiritual;
  • a experimentação de um fenómeno de revisão de todos os detalhes da nossa vida, com AUTO-JULGAMENTO sem constrangimentos nem pressões morais;
  • a presença de entidades que acompanham o espírito recém-chegado em clima de grande elevação moral e espiritual.

Este tipo de experiência, pela ordem natural das coisas, e devido ao facto de se registar entretanto o fenómeno da ressuscitação dos seus protagonistas e o regresso consequente à vida material, é interrompida a um dado momento com prévia abordagem dos mesmos, a quem é anunciado “não ter chegado ainda a sua hora”.

Muitos outros detalhes poderiam ser acrescentados e estão abundantemente documentados, havendo que considerar-se que existe um número percentualmente baixo, mas abundantemente significativo, de tais experiências que decorrem em ambientes negativos, de elevado sofrimento e grande desconforto moral.

O número de protagonistas de tais acontecimentos, com larguíssimo número de depoimentos  já publicamente registados em livros, revistas e documentários filmados atinge um número de casos tão expressivo que ascende à casa das dezenas de milhões, por todo o mundo, acontecendo nos Estados Unidos da América a impressionante frequência de 800 casos por dia.

Entretanto o fenómeno já vem sendo tratado, a nível internacional, desde 1975, por um leque muito alargado de especialistas de comprovada formação científica e de várias áreas do saber.

Os fenómenos experimentados só recentemente foram sendo mais abertamente revelados pelos seus protagonistas, inicialmente mal atendidos pelo cepticismo reinante no meio médico e até no seio das próprias famílias. Os sobreviventes retraíam-se muito, porque eram tratados – como as pessoas dotadas de mediunidade, note-se – como estando “mal da cabeça.”

“palavra luz” considera que as constatações factuais comprovadas por abundante número de cientistas e estudiosos a respeito desse tema representam uma autêntica prenda da comunidade científica para o avanço qualitativo da Humanidade na compreensão:

  • da vida depois da morte e da natureza do mundo espiritual através de uma imensidade de testemunhos insuspeitos, de pessoas de todas as latitudes, origens culturais e étnicas, registados em alturas e condições muito diferentes. Tais depoimentos entre si se confirmam porque satisfazem plenamente o quesito da comparação metódica e cruzamento de dados respectivos;
  • do entendimento do corpo e do cérebro do homem como simples utensílios transitórios e dos modos de funcionamento da consciência como entidade exterior ao corpo e muito mais complexa que o mesmo;

Essas razões, analisadas à luz da filosofia e da ciência espírita traduzem na generalidade o avanço da mesma no esclarecimento de questões centrais para o entendimento do mundo e da vida e, em particular, quanto:

  • à visão  da morte como passagem natural para um plano de existência extraordinariamente superior;
  • à configuração dessa mesma passagem com riqueza de detalhes esclarecedores da natureza moral e espiritual dos seres humanos;
  • à natureza do corpo como mero utensílio temporário que não é sede principal da vida;
  • à condição do cérebro como emissor-receptor de dados de que não é sede principal nem agente produtor.

Esta “prenda da comunidade científica” está a ser feita com muita coragem por pessoas que arriscaram afrontar o fundamentalismo céptico que rejeita todas as versões fora da abordagem estritamente materialista.

“espiritismo cultura” continuará a tratar o mais possível deste assunto e o seu autor procurará efectuar traduções adequadas do material abundante que existe disponível a respeito do mesmo.

Para as pessoas que tenham conhecimentos de língua francesa, recomendo o último documentário-vídeo que foi publicado e que se encontra acessível, do lado direito sob o título: “Revelações e testemunhos sobre a vida depois da morte. Esclarecimentos de investigadores e cientistas”.

Tradução de uma breve resenha das diligências científicas do Dr. Pim van Lommel acerca das EQM’s, publicada na sua página pessoal:

Consciência para além da vida, a ciência das Experiências de Quase-Morte

Para quem quiser ler o original, clicar aqui.

“Estudar aquilo que não é normal é o melhor caminho para entender aquilo que é normal”
William James

(NT: A palavra consciência possui, na língua portuguesa, diversos significados: faculdade da razão julgar os próprios actos; sinceridade; acção que causa remorso; probidade, honradez; opinião; cuidado; atenção; esmero.
Além destes sentidos pode ser usada, no domínio da medicina como: Estado do sistema nervoso central que permite pensar, observar e interagir com o mundo exterior.
É neste sentido que a palavra é aqui utilizada.)

O Dr. Pim van Lommel, prestigiado cardiologista, foi o primeiro médico a empreender um estudo completo e sistemático das experiências de morte iminente (EQM’s em português e NDE’s em inglês, de Near Death Experiences) .

Como cardiologista foi surpreendido pela quantidade de doentes seus que afirmavam ter vivido tais experiências como consequência dos seus ataques cardíacos.

Como cientista tal facto foi difícil de aceitar.
Contudo, não seria irresponsável da sua parte ignorar cientificamente a autenticidade de tais testemunhos?

Perante tal dilema, van Lommel decidiu conceber um plano de estudos para investigar o fenómeno no âmbito controlado de uma rede de hospitais dotados de pessoal médico devidamente treinado.

Durante mais de vinte anos van Lommel estudou sistematicamente o referido tipo de experiências de quase morte (EQM’s, como também são designadas) registado por determinado número de doentes hospitalares que sobreviveram a paragens cardíacas.

Em 2001, de parceria com uma equipa de investigadores, publicou um estudo a respeito de EQM’s na prestigiada revista médico-científica, “The Lancet”.
O artigo causou enorme impacto internacional por ter sido o primeiro estudo rigorosamente científico a respeito deste assunto.

Está agora disponível internacionalmente uma apresentação em livro de Pim Van Lommel que apresenta uma visão aprofundada das suas teorias a respeito desses estudos, o qual tem merecido a melhor atenção, com elevado número de exemplares vendidos.

Van Lommel escreve que, de acordo com os conhecimentos médicos actuais, não é possível à consciência actuar durante as paragens cardíacas, a partir do momento em que a circulação e a respiração tenham cessado.
Contudo, durante o período de perda de consciência devida a uma crise de paragem cardíaca provavelmente fatal, há doentes que relatam a ocorrência paradoxal de experiências vividas num elevado estado de percepção consciente numa dimensão fora dos nossos conceitos de espaço e de tempo, com efeitos cognitivos, emoções, sentimento de identidade própria, memórias a partir da mais remota infância e, por vezes, com percepção extra-sensorial fora e acima do seu corpo sem vida.

Em quatro estudos exploratórios com um total de 562 pessoas que sobreviveram a paragens cardíacas, 11 a 18 por cento dessas pessoas relataram uma dessas experiências de quase morte, e nesses estudos não foi demonstrado que factores fisiológicos, psicológicos, farmacológicos ou demográficos pudessem explicar a causa ou o conteúdo dessas experiências.

Desde a publicação desses estudos a respeito de EQM’s ou EMI’s (Experiências de Quase Morte ou de Morte Iminente) de sobreviventes a paragens cardíacas, com resultados e conclusões surpreendentemente similares, tais fenómenos não poderão continuar a ser cientificamente ignorados.

É uma experiência tão autêntica que não poderá ser atribuída à imaginação, medo da morte, alucinação, psicose, uso de drogas ou carência de oxigénio.

Além disso as pessoas que passaram por tais experiências evidenciam mudanças permanentes de carácter por efeito de EQM’s resultantes de paragens cardíacas que tiveram apenas a duração de escassos minutos.

Ainda de acordo com tais estudos o actual conceito materialista sustentado pelos especialistas médicos, filósofos e psicólogos das relações entre o cérebro e a consciência é demasiado limitado quanto a uma adequada compreensão deste fenómeno.

Há boas razões para supor que a nossa consciência nem sempre coincide com o funcionamento do cérebro: uma acentuada percepção consciente pode por vezes ser experimentada fora do próprio corpo.

Van Lommel chegou à inevitável conclusão de que é completamente provável que o cérebro deve ter funções que facilitam o exercício da consciência mas que não a produzem.

Ao ter instituído como tema científico a acção da consciência como fenómeno não localizado e, por isso, omnipresente, Pim van Lommel põe em causa um dos paradigmas puramente materialistas da ciência.

Pim van Lommel

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NOTA:

a obra Dr. Pim van Lommel é aqui citada apenas na sua faceta de cardiologista e investigador, não lhe sendo conhecida pelo autor deste blogue qualquer opção na área a que pertence o espiritismo ou qualquer outra de carácter religioso ou filosófico.

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No site pessoal em língua inglesa do Dr. Pim Van Lommel há uma grande quantidade de dados e intervenções do mesmo. Este é o sector ali presente de elementos de intervenção mediática: http://www.pimvanlommel.nl/media_eng

Entre o material ali presente, a seguinte entrevista:

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Nem a vida acaba com a morte, nem o cérebro é onde reside o pensamento

PvL01

Cuando The Lancet publicó su estudio sobre las Experiencias Cercanas a la Muerte, el cardiólogo holandés Pim van Lommel no podría haber sabido que eso lo convertiría en uno de los científicos de quien más se hablase en el mundo. Parece que todos quieren saber acerca del hombre que se las arregló para conseguir que su estudio sobre este polémico tema fuese publicado en una de las revistas líderes en la investigación médica.

Sin embargo, no sorprende realmente que su publicación en 2001 crease una conmoción. Nunca anteriormente se había realizado un estudio tan sistemático sobre las experiencias de personas que fueron declaradas muertas y después volvieron a la vida. Y nunca anteriormente habíamos visto una ilustración tan clara de cómo estos relatos de personas podrían afectar nuestra manera de pensar acerca de la vida y de la muerte.

La vida continúa

Tijn Touber. Este artículo apareció en la revista ODE número: 29

El cardiólogo Pim van Lommel realizó un monumental estudio sobre las Experiencias Cercanas a la Muerte (ECM) que levanta fascinantes preguntas acerca de la vida después de la muerte, del ADN, del inconsciente colectivo, y sobre el karma de todo el mundo.

Van Lommel, de 66 años, no es alguien que busque nombre y fama. En este encantador día de verano en su jardín cerca de la ciudad holandesa de Arnhem, él demuestra más interés en lo que pasa en la revista Ode que en su propia historia. Esa misma profunda curiosidad estaba operando hace 35 años cuándo Van Lommel, trabajando como médico ayudante en un hospital, escuchó atentamente a un paciente contar su Experiencia Cercana a la Muerte. Él se quedó inmediatamente fascinado. Pero no fue hasta años más tarde, cuando leyó el libro “Regreso del Mañana” [Return from Tomorrow] en el que el doctor Americano George Ritchie describe su propia Experiencia Cercana a la Muerte con todo detalle, cuando Van Lommel se preguntó si habría muchas otras personas que habían atravesado por experiencias semejantes.

Van Lommel decidió desde entonces preguntarles a todos sus pacientes si ellos recordaban cualquier cosa que hubiera sucedido durante sus paros cardíacos. “La respuesta era generalmente ‘no’ pero algunas veces ‘¿por qué?’ Cuando yo escuchaba esto último, prolongaba la visita a la oficina.” Durante dos años él escuchó relatos de 12 pacientes y su curiosidad científica se despertó. Esos relatos fueron el principio de un estudio que duró años.

  • “Miraba hacia abajo a mi propio cuerpo desde allí arriba, y vi médicos y enfermeras luchando por mi vida. Podía oír lo que decían. Entonces tuve un sentimiento acogedor y yo estaba en un túnel. Al final de ese túnel había una luz brillante, acogedora, blanca y vibrante. Era maravilloso. Me dio un sentimiento de paz y confianza. Floté hacia ella. El sentimiento de acogida llegó a ser más y más fuerte. Me sentía en casa, amado, casi en estado de éxtasis. Vi mi vida destellar como un flash ante mí. De repente sentí una vez más el dolor del accidente y regresé disparado a mi cuerpo. Estaba furioso de que los médicos me hubieran traído de vuelta.

Casi todas las descripciones de las Experiencias Cercanas a la Muerte son así de hermosas. Las personas se sienten conectadas y apoyadas. Llegan a comprender cómo funciona el universo. Experimentan amor incondicional. Se sienten libres de las opresivas preocupaciones de la existencia terrenal. ¿Quién no querría una experiencia así? “Suena fantástico, ¿no es así?” Van Lommel se ríe. “Pero no siempre es fácil afrontarlas. Cuando las personas regresan, a menudo tienen el sentimiento de que están encarceladas. Y puede llevar años antes de que sean capaces o tengan el valor de integrar en la vida cotidiana ese nuevo entendimiento que han obtenido en su experiencia.”

Sin embargo, una mayoría de personas que han tenido una Experiencia Cercana a la Muerte la describen como algo magnífico y dicen que les enriqueció la vida. Van Lommel explica que “la cosa más importante que les dejan [estas experiencias] a estas personas es que ellas ya no tienen miedo a la muerte. Esto es porque ellas han experimentado que su consciencia sigue viva, que hay continuidad. Su vida y su identidad no terminan cuando el cuerpo muere. Ellas simplemente tienen la sensación de que se han quitado su abrigo.”

Eso puede sonar como si viniese de alguien que ha estado más tiempo de la cuenta frecuentando librerías de la New Age [La Nueva Era]. Pero por lo que Van Lommel ha visto, las Experiencias Cercanas a la Muerte no están en absoluto limitadas a miembros de esa comunidad “espiritual”. Estas experiencias son igual de frecuentes entre personas que eran muy escépticas de antemano en relación a este tema.

  • “Llegué a estar “separado” del cuerpo y floté sobre él y sobre sus alrededores. Era posible ver el dormitorio circundante y mi cuerpo, aunque mis ojos estaban cerrados. Yo era de repente capaz a “pensar” cientos o miles de veces más rápido—y con mayor claridad—de lo que es humanamente normal o posible. En este momento me di cuenta y acepté que había muerto. Era hora de continuar. Era un sentimiento de total paz—completamente sin temor o dolor, y no implicaba ninguna emoción en absoluto.

La cosa más notable, dice Van Lommel, es que sus pacientes tienen tales experiencias de expansión de la consciencia durante el tiempo en que sus cerebros no registran actividad. Pero eso es imposible de acuerdo con el nivel actual del conocimiento médico. Debido a que la mayoría de los científicos creen que la consciencia ocurre en el cerebro, esto crea un misterio: ¿Cómo pueden las personas experimentar la consciencia [o tener actividad cognoscitiva] durante el tiempo en el que están inconscientes mientras tienen un paro cardíaco (una muerte clínica)?

Después de todos esos años de intenso estudio, Van Lommel todavía habla con reverencia acerca del milagro de la Experiencia Cercana a la Muerte. “En ese momento estas personas no sólo están conscientes; su consciencia está incluso más expandida que nunca. Ellos pueden pensar con extrema claridad, tienen recuerdos que se remontan a su niñez más temprana y experimentan una conexión intensa con todo y con todos a su alrededor. ¡Y sin embargo el cerebro no muestra ninguna actividad en absoluto!”

Esto ha suscitado varias grandes preguntas para Van Lommel: “¿Qué es la consciencia y dónde está localizada? ¿Qué es mi identidad? ¿Quién está haciendo las observaciones cuando veo mi cuerpo allí abajo en la mesa de operaciones? ¿Qué es la vida? ¿Qué es la muerte?”

  • “El cuerpo que observé y que estaba tumbado en la cama era el mío, pero yo supe que no era tiempo de partir. Mi tiempo en la tierra no había terminado todavía; todavía había un propósito.”

Para convencer a sus colegas de la validez de estas nuevas percepciones [o conocimientos. Insights], Van Lommel primero tuvo que demostrar que esta expansión de la consciencia ocurría, de hecho, durante el período de muerte cerebral. Eso no fue difícil de demostrar. Los pacientes eran a menudo capaces de describir con precisión lo que había sucedido durante su paro cardíaco. Ellos sabían, por ejemplo, exactamente dónde la enfermera puso sus dentaduras postizas o lo que habían dicho los médicos y los miembros de la familia. ¿Cómo una persona cuyo cerebro no estaba activo podría saber estas cosas?

No obstante, algunos científicos continúan afirmando que estas experiencias deben suceder en el momento durante el cuál todavía se está produciendo alguna función cerebral. Van Lommel es claro como el cristal en su respuesta:

“Cuando el corazón deja de latir, el riego sanguíneo se detiene en el plazo de un segundo. Entonces, 6,5 segundos más tarde, la actividad del EEG [Electroencefalograma] comienza a cambiar debido a la escasez de oxígeno. Después de 15 segundos hay una línea recta y plana, y la actividad eléctrica en la corteza cerebral ha desaparecido completamente. Nosotros no podemos medir el tallo cerebral, pero experimentos en animales han demostrado que esa actividad también se ha detenido allí.”

“Más aún, se puede demostrar que el tallo cerebral ya no está funcionando porque regula nuestros reflejos básicos, tales como la respuesta de la pupila y el reflejo de tragar, que ya no responden. De ese modo puedes introducir fácilmente un tubo por la garganta de una persona. El centro respiratorio también se detiene. Si el individuo no es reanimado dentro de un plazo de 5 a 10 minutos, sus células del cerebro se dañan de forma irreversible.”

Él es consciente de que sus conclusiones sobre la consciencia se oponen abiertamente al pensamiento científico ortodoxo. Es extraordinario que una revista científica con autoridad como The Lancet estuviese dispuesta a publicar su artículo. Pero no fue sin una lucha. Van Lommel recuerda con una sonrisa, “llevó meses antes de que me diesen la luz verde. Y luego de repente querían concluirlo, en un día.”

El trabajo de Van Lommel suscita profundas preguntas acerca de lo que realmente significa “la muerte”:

“hasta ahora, ‘la muerte’ simplemente significaba el fin de la consciencia, de la identidad, de la vida,” él indica. Pero su estudio derriba ese concepto, junto con los actuales mitos médicos acerca de quienes tienen Experiencias Cercanas a la Muerte.

“En el pasado, estas experiencias eran atribuidas a razones fisiológicas, psicológicas, farmacológicas o religiosas. Así como a una escasez de oxígeno, a la liberación de endorfinas, obstrucciones de receptores, al temor a la muerte, alucinaciones, expectativas religiosas o a una combinación de todos estos factores. Pero nuestra investigación indica que ninguno de estos factores determina si alguien tiene o no tiene una Experiencia Cercana a la Muerte.”

  • “Esta experiencia es una bendición para mí, pues ahora sé con seguridad que el cuerpo y el alma se separan, y que hay vida después de la muerte. Me ha convencido de que la consciencia vive más allá de la tumba. La muerte no es la muerte, sino otra forma de vida.”

Van Lommel afirma que el cerebro no produce la consciencia ni almacena la memoria [o los recuerdos]. Él indica que el experto americano en informática [o ciencias de ordenadores. Computer Science] Simon Berkovich y el investigador holandés del cerebro Herms Romijn, trabajando independientemente el uno del otro, llegaron a la misma conclusión: que es imposible para el cerebro almacenar todo lo que usted piensa y experimenta en su vida.

Esto requeriría una velocidad de procesamiento de 1024 bits por segundo. Simplemente viendo una hora de televisión ya sería demasiado para nuestros cerebros. “Si usted quisiera almacenar esa cantidad de información—junto con los pensamientos asociativos producidos—su cerebro se quedaría bastante lleno,” dice Van Lommel. “Anatómicamente y funcionalmente, es simplemente imposible para el cerebro tener este nivel de velocidad.”

De ese modo, esto significaría que el cerebro es realmente un receptor y transmisor de información. “Se Podría comparar el cerebro con un aparato de televisión que sintoniza con ondas electromagnéticas específicas y las convierte en imagen y sonido.”

“Nuestra consciencia en estado de vigilia, la consciencia que tenemos durante nuestras actividades diarias,” continúa Van Lommel, “reduce toda la información que hay a una única verdad que experimentamos como ‘la realidad.’ Durante las Experiencias Cercanas a la Muerte, sin embargo, las personas no están limitadas a sus cuerpos ni a su consciencia en estado de vigilia, lo que significa que experimentan muchas más realidades.”

Esto explica por qué las personas que tienen una Experiencia Cercana a la Muerte tienen a veces gran dificultad para funcionar en su vida diaria posteriormente. Ellas retienen la sensibilidad que les permite sintonizar con diferentes canales simultáneamente, lo que hace que una fiesta-cóctel o un viaje en autobús se conviertan en una experiencia agobiante, ya que toda la información de las personas a su alrededor les llega a través de todos los canales.

  • “Vi a un hombre que me miró de forma amorosa, pero al que yo no conocía. En el lecho de muerte de mi madre, ella me confesó que yo había nacido de una relación extramarital, mi padre era un hombre judío que había sido deportado y asesinado durante la Segunda Guerra mundial, y mi madre me mostró su retrato. El hombre desconocido que yo había visto hacía años durante mi Experiencia Cercana a la Muerte resultó ser mi padre biológico.”

Según Van Lommel, las Experiencias Cercanas a la Muerte sólo pueden explicarse si asumes que la consciencia, junto con todas nuestras experiencias y memorias, se localizan fuera del cerebro. Cuando se le pregunta dónde se localiza la consciencia, Van Lommel sólo puede especular. “Sospecho que hay una dimensión en la que se almacena esta información—una clase de consciencia colectiva a la que sintonizamos para acceder a nuestra identidad y nuestras memorias.”

Por medio de este campo colectivo de información, nosotros no sólo estamos conectados a nuestra propia información, sino también a la de los demás, e incluso a la información del pasado y del futuro. “Hay personas que ven el futuro durante una Experiencia Cercana a la Muerte,” dice Van Lommel. “Por ejemplo, había un hombre que vio a su futura familia. Años más tarde, él se encontró en una situación que ya había visto durante su Experiencia Cercana a la Muerte. Sospecho que así es como también funciona el ‘déjà vu’.”

De acuerdo a la investigación de Van Lommel, durante una Experiencia Cercana a la Muerte las personas también pueden ponerse en contacto con los muertos, incluso si no los conocen.

¿Pero cómo hace el cerebro para “saber” con qué información sintonizar? ¿Cómo puede alguien sintonizar con sus propias memorias y no con las de otras personas?

La respuesta de Van Lommel es sorprendentemente corta y sencilla: “ADN. Y principalmente el llamado ‘junk ADN,’ [o ‘ADN basura’] que supone alrededor del 95 % del total, cuya función no entendemos.” Él sospecha que el ADN, único para cada persona y cada organismo, funciona como un mecanismo de recepción, una especie de traductor simultáneo entre los campos de información y el organismo.

La idea de que el ADN funciona como un mecanismo receptor para sintonizar a las personas con sus campos específicos de consciencia arroja nueva luz en la discusión de los transplantes de órganos. Imagínese que usted obtiene un nuevo corazón. El ADN de ese corazón se conectará con el campo de consciencia del donante, no del receptor. ¿Significa eso que usted de repente obtiene información diferente? Sí, dice Van Lommel: “hay relatos de personas que desarrollaron deseos y estilos de vida radicalmente diferentes después de un trasplante de órgano. Por ejemplo, hay un relato de una bailarina de ballet que quiso de repente manejar una motocicleta y comer comidas basura”.

  • “Percibí no sólo lo que había hecho, sino incluso de qué manera eso había influido a los demás.

El cliché es verdad: Las personas ven su vida destellar [como un flash] ante ellas en el momento de la muerte. Y las personas adquieren percepciones [o conocimientos. En inglés: gain insight] sobre las consecuencias de sus actos. Ellas quizás se vean a sí mismas como si tuviesen 4 años de edad, quitándole los juguetes a su hermana, y sientan su dolor. Van Lommel comenta, “en esos momentos es como si tuvieses los pensamientos de otra persona dentro de ti mismo. Se te dan percepciones [o conocimientos. Insights] sobre el impacto de tus pensamientos, palabras y actos sobre ti mismo y sobre los demás. De ese modo, parece que cada pensamiento que tenemos es una forma de energía que continúa existiendo siempre.”

La gente que ha experimentado tal “revisión de la vida” dice que no es tanto acerca de lo que haces como de la intención que hay detrás de ello. “Es extremadamente intenso experimentar que todo lo que va, vuelve.” Van Lommel se inclina hacia adelante para asegurarse de que sus palabras se entienden bien. “Nadie evita las consecuencias de sus pensamientos. Eso es muy fuerte [o impactante. En inglés: confrontational]. Algunas personas descubren que hay algo que nunca pueden corregir. Otras regresan e inmediatamente comienzan a llamar a personas para disculparse por algo que hicieron hace 20 años.”

¿Así que hay un Juicio Final después de todo? Van Lommel es claro: “Absolutamente no. Nadie es juzgado. Es una experiencia de percepción propia [o de entendimiento propio, o de interiorización. En inglés: “It’s an insight experience”].

La mayoría de las personas atraviesan por esta escena retrospectiva [o revisión, destello. En inglés: flash back] en presencia de un ser hecho de luz. Ese ser es completamente amoroso, absolutamente acogedor [o que acepta. En inglés: absolutely accepting], que no juzga, pero que tiene una percepción completa [o entendimiento completo. En inglés: “complete insight”].

La escena retrospectiva [o revisión, destello. En inglés: flash back] cambia la comprensión que las personas tienen de la vida.

Ellos adoptan otros valores. Ellos sienten que son uno con la naturaleza y con el planeta. Ya nunca más hay ninguna diferencia entre ellos mismos y los demás. No es acerca del poder, de las apariencias, de los coches agradables, de las ropas, de un cuerpo joven. Es acerca de cosas completamente diferentes: amor por ti mismo, por la naturaleza, por tus prójimos los seres humanos. El mensaje es tan viejo como el tiempo, pero ahora lo han experimentado por si mismos y tienen que vivir en consonancia con él.”

Entonces, después de un corto silencio, dice pensativo: “Hasta casi da miedo darse cuenta de que cada pensamiento tiene una consecuencia. Si reflexionas en profundidad sobre ello… cada pensamiento que tenemos, positivo o negativo, tiene un impacto en nosotros, en los demás y en la naturaleza.”

¿Tienes que estar cerca de la muerte para aprender estas lecciones sobre la vida? No, dice Van Lommel, que nunca ha tenido una Experiencia Cercana a la Muerte él mismo. Gracias a su investigación, él aprendió tantas lecciones valiosas que decidió abandonar su carrera de cardiología en 1992 y dedicarse a tiempo completo a profundizar en la investigación, publicando y dando conferencias sobre el tema de las Experiencias Cercanas a la Muerte. Fundó la Fundación Merkawah en la Haya, el departamento holandés de la “Asociación Internacional para Estudios Cercanos a la Muerte” (IANDS. International Association for Near-Death Studies), que ofrece información y guía a personas holandesas que han tenido Experiencias Cercanas a la Muerte.

“Trabajando en este tema y estando abierto a ello ha cambiado mi vida,” dice Van Lommel. “Yo ahora veo que todo proviene de la consciencia. Tengo un mejor entendimiento de que uno crea su propia realidad basada en la consciencia que tiene y la intención con la que vive. Entiendo que la consciencia es la base de la vida, y esa vida es principalmente sobre la compasión, la empatía y el amor.”

Fin de la entrevista con el Dr. Pim van Lommel.

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