JOSÉ PASSINI, crítica de “Os Quatro Evangelhos” de J.B. Roustaing

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José Passini (foto) é natural de Nova Itapirema, interior de São Paulo, mas reside há muito tempo na cidade mineira de Juiz de Fora. Espírita desde a infância, Passini considera a Doutrina codificada por Kardec como uma bússola em sua vida, assim como ele mesmo diz. Segundo ele, o Espiritismo pode ser comparado a um farol que ilumina seus caminhos. “Ele me faz assumir, cada vez mais, a minha condição de espírito imortal, temporariamente encarnado, isto é, consciencializando-me da minha cidadania espiritual.” Esperantista conhecido internacionalmente, Passini foi reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora. Doutor em Linguística, seu extenso currículo revela a ocupação de diversos cargos em casas espíritas.

CRÍTICA LITERÁRIA

Os Quatro Evangelhos

 

Autor: Diversos Espíritos / J.B. Roustaing
Médium: Emile Collignon
Editora: Federação Espírita Brasileira
Número de Páginas: (4 volumes)
Análise de José Passini


O Espiritismo, na sua condição de Cristianismo redivivo, não poderia deixar de receber os ataques das forças contrárias ao esclarecimento e libertação do espírito humano. Embora pareça ironia, o volume e a intensidade dos ataques constituem um verdadeiro atestado da legitimidade do Consolador.

A primeira, e talvez a mais forte das investidas, foi a publicação da obra de J. B. Roustaing, conhecida, em língua portuguesa como “Os Quatro Evangelhos”.

Na obra “Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho”, Roustaing é citado como pertencente à equipe de Kardec. Há aqueles que contestam a autenticidade de tal afirmativa. Entretanto, sabe-se que todo missionário que vem à Terra traz consigo uma equipe, constituída de Espíritos, trabalhadores de boa vontade, mas sujeitos a falhas. Zamenhof veio à Terra com um grupo de Espíritos, para a implantação do Esperanto. Dentro dessa equipe, houve um Espírito que falhou, traindo mesmo o grande Missionário, a ponto de ser chamado Judas por alguns biógrafos exaltados.
E Roustaing, embora tenha reencarnado com tarefa definida junto à obra de Kardec, desejou produzir obra própria, tornando-se presa fácil de fascinação. Esse não foi o primeiro, nem o último caso na Humanidade da falência de um Espírito pertencente a um grupo de trabalho. Judas, da equipe de Jesus, falhou redondamente.

Os quatro volumes de “Os Quatro Evangelhos” de J.B. Roustaing  constituem obra fantasiosa, repetitiva, que pretendeu dar nova versão à tese da virgindade de Maria, através de uma pseudo-gravidez, que teria culminado no aparecimento de um bébé fluídico, surgido de um parto fictício, de uma lactação aparente, de um desenvolvimento físico falso e de uma desencarnação enganosa.

Entretanto, não é a tese do corpo fluídico o ponto mais grave da obra. Há afirmativas que contrariam frontalmente as bases doutrinárias do Espiritismo. Vejamos algumas, dentre muitas:

Evolução do Espírito:

Com Kardec, aprende-se que o princípio inteligente percorre, durante milénios incontáveis, as trilhas da evolução, antes de atingir o estágio de humanidade. Aprende-se que a consciência moral que caracteriza o ser humano, libertando-o gradualmente do jugo dos instintos, desabrocha lentamente, revelando a perfeição imanente no Ser:

Pergunta 607 a, de “O Livro dos Espíritos” :

– Já dissemos que tudo se encadeia na natureza e tende para a unidade. É nesses seres, que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco, e se prepara para a vida, como dissemos.
É, de certa maneira, um trabalho preparatório como o da germinação, a seguir ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. É então que começa para ele o período de humanidade, e com este a consciência do seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade dos seus atos. Como depois do período da infância vem o da adolescência, depois a juventude, e por fim a idade madura. Aliás, nada há nessa origem que deva humilhar o homem.
Os grandes génios sentem-se humilhados por terem sido fetos informes no ventre materno? Se alguma coisa deve humilhá-los é a sua inferioridade perante Deus e sua impotência para sondar a profundeza dos seus desígnios e a sabedoria das leis que regulam a harmonia do Universo.
Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirável harmonia que faz com que tudo seja solidário na natureza. Crer que Deus pudesse ter feito qualquer coisa sem objetivo e criar seres inteligentes sem futuro, seria blasfemar contra a sua bondade que se estende sobre todas as suas criaturas.

Segundo as mensagens registadas por Roustaing, dar-se-ia uma transformação do instinto em inteligência – num determinado momento – levada a efeito por agentes exteriores e não através do próprio processo evolutivo, o que faz pensar numa espécie de fim de curso ou licenciatura espiritual.
Interessante notar, nesse caso, que o Espírito, depois de todas as aquisições individuais retorne ao “todo universal”, onde, certamente, perderia a sua individualidade. Além disso, como teria, um Espírito recém-saído da animalidade ter um perispírito tão subtil a ponto de quase ser invisível aos Espíritos Superiores?

No 1º volume da obra de Roustaing, na página 308 pode ler-se:

Como é que, chegado ao período de preparação para entrar na humanidade, na espiritualidade consciente, o Espírito passa desse estado misto, que o separa do animal e o prepara para a vida espiritual, ao estado de Espírito formado, isto é, de individualidade inteligente, livre e responsável?
“É nesse momento que se prepara a transformação do instinto em inteligência consciente. Suficientemente desenvolvido no estado animal, o Espírito é, de certo modo, restituído ao todo universal, mas em condições especiais é conduzido aos mundos ad hoc, às regiões preparativas, pois que lhe cumpre achar o meio onde elaboram os princípios constitutivos do perispírito.
(…) Aí perde a consciência do seu ser, porquanto a influência da matéria tem que se anular no período da estagnação, e cai num estado a que chamaremos, para que nos possais compreender, letargia.
Durante esse período, o perispírito, destinado a receber o princípio espiritual, se desenvolve, se constitui ao derredor daquela centelha de verdadeira vida. Toma a princípio uma forma indistinta, depois se aperfeiçoa gradualmente como o gérmen no seio materno e passa por todas as fases do desenvolvimento. Quando o invólucro está pronto para contê-lo, o Espírito sai do torpor em que jazia e solta o seu primeiro brado de admiração. Nesse ponto, o perispírito é completamente fluídico, mesmo para nós. Tão pálida é a chama que ele encerra, a essência espiritual da vida, que os nossos sentidos, embora subtilíssimos, dificilmente a distinguem.” : (1º vol., pág. 308).


Segundo a mensagem de Kardec, os Espíritos ensinam que o Espírito emerge lentamente da animalidade, das necessidades materiais, através de sucessivas encarnações, que se constituem em oportunidades absolutamente necessárias ao progresso do Espírito.

O Livro dos Espíritos, pergunta 609:
Tendo entrado no período da humanidade, o Espírito conserva os traços do que havia sido precedentemente, isto é, do estado em que se encontrava no período anterior à humanidade?

– Isso depende da distância que separa os dois períodos e do progresso realizado. Durante algumas gerações pode conservar um reflexo mais ou menos pronunciado do estado primitivo, porque na natureza nada se faz por transição brusca; há sempre elos que ligam as extremidades da cadeia dos seres e dos acontecimentos.
Mas esses vestígios apagam-se com o desenvolvimento do livre arbítrio. Os primeiros progressos realizam-se lentamente, porque não são ainda apoiados pela vontade. Seguem depois uma progressão mais rápida à medida que o Espírito adquire consciência mais perfeita de si mesmo.

Os Espíritos, respondendo a Roustaing, afirmam que o Espírito só volta à vida material por castigo. Se só é humanizado após a primeira falta, depreende-se que a população da Terra é constituída de Espíritos faltosos: (…)

No 1º volume da obra de Roustaing, na página 317 pode lêr-se:
“…para o Espírito formado, que já tem inteligência independente, consciência de suas faculdades, consciência e liberdade dos seus atos, livre-arbítrio e que se encontra no estado de inocência e ignorância, a encarnação, primeiro, em terras primitivas, depois, nos mundos inferiores e superiores, até que haja atingido a perfeição, é uma necessidade e não um castigo?

A encarnação humana não é uma necessidade, é um castigo, já o dissemos. E o castigo não pode preceder a culpa. O Espírito não é humanizado, também já o explicamos, antes que a primeira falta o tenha sujeitado à encarnação humana. Só então ele é preparado, como igualmente já o mostramos, para lhe sofrer as consequências.”


Em Kardec, aprende-se que o progresso do Espírito é irreversível, o que é racional, pois se não houvesse a irreversibilidade do progresso espiritual não haveria segurança nem estabilidade no Universo.

“O Livro dos Espíritos”, pergunta nº 118:
Os Espíritos podem degenerar?
“Não. À medida que avançam, compreendem o que os afastava da perfeição. Quando o Espírito conclui uma prova, adquiriu conhecimento e já não o perde. Pode estacionar, mas não recua no seu aperfeiçoamento.”

Roustaing admite possa um Espírito que já desempenhou funções elevadas no Mundo Espiritual ser tomado pela inveja, pelo orgulho, etc., o que evidencia uma nova versão para a “queda dos anjos”, conforme a teologia Católica Romana e, também, a Protestante.

No 1º volume da obra de Roustaing, na página 311 pode lêr-se:

“…Já tendo grande poder sobre as regiões inferiores, cujo governo aprenderam a exercer, no sentido de que, sempre sob as vistas dos Espíritos prepostos à missão de educá-los e sob a do protetor especial do planeta de que se trate, aprendem a dirigir a revolução das estações, a regular a fertilidade do solo, a guiar os encarnados, influenciando-os ocultamente, muitos acreditam que só ao merecimento próprio devem o que podem e, desprezando todos os conselhos, caem. É a queda pelo orgulho.

Outros, por nem sempre compreenderam a ação poderosa de Deus, não admitem haja uma hierarquia espiritual e acusam de injustiça aquele que os criou, porquanto é Deus quem cria, não o esqueçais. Esses os que caem por inveja. Até o ateísmo – por mais impossível que pareça – até o ateísmo se manifesta naqueles pobres cegos colocados no centro mesmo da luz.
(…) Nesse caso, sobretudo nesse caso, mais severo é o castigo. É um dos casos de primitiva encarnação humana. Preciso se torna que os culpados sintam, no seu interesse, o peso da mão cuja existência não quiseram reconhecer. Qualquer que seja a causa da queda, orgulho, inveja ou ateísmo, os que caem, tornando-se, por isso, Espíritos de trevas, são precipitados nos tenebrosos lugares de encarnação humana, conforme o grau de culpabilidade, nas condições impostas pela necessidade de expiar e progredir.” (1º vol., pág. 311)


Kardec obtém dos Espíritos Superiores resposta que deixa muito claro que o Espírito que atingiu a humanização não retorna jamais às formas animais, o que contraria frontalmente a teoria da Metempsicose,

“O Livro dos Espíritos”, pergunta 612:

Poderia encarnar num animal o Espírito que animou o corpo de um homem?
“Isso seria retrogradar e o Espírito não retrograda. O rio não remonta à sua nascente.”


Em Roustaing, vê-se que, além de admitir a Metempsicose, afirmam seus interlocutores possa um Espírito voltar à Terra, ou a outros mundos, animando corpos primitivíssimos, como larvas!

Haveis dito que os Espíritos destinados a ser humanizados, por terem errado muito gravemente, são lançados em terras primitivas, virgens ainda do aparecimento do homem, do reino humano, mas preparadas e prontas para essas encarnações e que aí encarnam em substâncias humanas, às quais não se pode dar propriamente o nome de corpos, nas condições de macho e fêmea, aptos para a procriação e para a reprodução. Quais as condições dessas substâncias humanas?

No 1º volume da obra de Roustaing, na página 312/313 pode lêr-se:
“São corpos ainda rudimentares. O homem aporta a essas terras no estado de esboço, como tudo que se forma nas terras primitivas. O macho e a fêmea não são nem desenvolvidos, nem fortes, nem inteligentes. Mal se arrastando nos seus grosseiros invólucros, vivem, como os animais, do que encontram no solo e lhes convenha. As árvores e o terreno produzem abundantemente para a nutrição de cada espécie. Os animais carnívoros não os caçam. A providência do Senhor vela pela conservação de todos. Seus únicos instintos são os da alimentação e os da reprodução. Não poderíamos compará-los melhor do que a criptógamos carnudos. Poderíeis formar ideia da criação humana, estudando essas larvas informes que vegetam em certas plantas, particularmente nos lírios.”


Autenticidade da Encarnação de Jesus:

Kardec mostra Jesus como o modelo mais perfeito para a evolução humana, logo, o seu corpo deveria ter a mesma constituição do corpo daqueles aos quais ele deveria servir de modelo, e seu testemunho basear-se na verdade:

O Livro dos Espíritos, perguntas 624 e 625:

Qual o caráter do verdadeiro profeta?
“O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus actos. Impossível é que Deus se sirva da boca do mentiroso para a ensinar a verdade.”

Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
“Jesus.”


Roustaing mostra um Jesus que estaria fingindo estar encarnado, desde o seu nascimento até a sua morte, que teria sido também um simulacro, uma verdadeira encenação teatral.
Além do mais, ainda o chama de um Deus milagrosamente encarnado!

No 1º volume da obra de Roustaing, na página 242/243 pode lêr-se:

“(…) um homem tal como vós quanto ao invólucro corporal e, ao mesmo tempo, quanto ao Espírito, um Deus: portanto, um homem-Deus.

Em “A Génese”, capítulo XV, números 65 e 66
Kardec afirma categoricamente que Jesus teve um corpo carnal e um corpo fluídico, como todos encarnados temos:

“A estada de Jesus na Terra apresenta dois períodos: o que precedeu e o que se seguiu à sua morte.

No primeiro, desde a sua concepção até o nascimento, tudo se passa, pelo que respeita à sua mãe, como nas condições ordinárias da vida. Desde o seu nascimento até a sua morte, tudo, em seus atos, na sua linguagem e nas diversas circunstâncias de sua vida, revela caracteres inequívocos de corporeidade. (…) também forçoso é se conclua que, se Jesus sofreu materialmente, do que não se pode duvidar, é que ele tinha um corpo material de natureza semelhante ao de toda gente.”
“Aos fatos materiais juntam-se fortíssimas considerações morais. Se as condições de Jesus, durante sua vida, fossem as dos seres fluídicos, ele não teria experimentado nem a dor, nem as necessidades do corpo.

Supor que assim haja sido, é tirar-lhe o mérito da vida de privações e de sofrimentos que escolhera, como exemplo de resignação. (…) e fazer crer num sacrifício ilusório de sua vida, numa comédia indigna de um homem simplesmente honesto, indigna, portanto, e com mais forte razão de um ser tão superior. Numa palavra, ele teria abusado da boa-fé dos seus contemporâneos e da posteridade. Tais as consequências lógicas desse sistema, consequências inadmissíveis, porque o rebaixariam moralmente, em vez de o elevarem.

Jesus teve, pois, como todo homem, um corpo carnal e um corpo fluídico, o que é atestado pelos fenómenos materiais e pelos fenómenos psíquicos que lhe assinalaram a existência.”

Roustaing, ao contrário, mostra um Jesus que estaria fingindo estar encarnado, que fingia alimentar-se, desde o seu nascimento. (1º vol, págs. 243, 362 e 363)

“Quando Maria, sendo Jesus, na aparência, pequenino, lhe dava o seio – o leite era desviado pelos Espíritos superiores que o cercavam, de um modo bem simples: em vez de ser sorvido pelo menino, que dele não precisava, era restituído à massa do sangue por uma ação fluídica, que se exercia sobre Maria, inconsciente dela.” (pág. 243)

“Os Espíritos superiores que o cercavam em número, para vós, incalculável, todos submissos à sua vontade, seus dedicados auxiliares, faziam desaparecer os alimentos que lhe eram apresentados e que não tinha para ele utilidade. Aqueles Espíritos os subtraiam da vista dos homens, de modo a lhes causar completa ilusão, à medida que pareciam ser ingeridos por Jesus, cobrindo-os, para esse fim, de fluidos que os tornavam invisíveis.


Aparição de Moisés e Elias:

Inegavelmente, as afirmações mais claras a respeito da reencarnação, contidas no Novo Testamento, encontram-se nos Evangelhos de Mateus (17: 10-13) e de Marcos (9: 11), onde se lê que Jesus dialogou com Moisés e Elias no Tabor, diante dos discípulos Pedro, Tiago e João. Questionado quanto à identidade de Elias, o Mestre afirma categoricamente que João Batista foi a reencarnação do Profeta Elias.

Em Roustaing, de maneira fantasiosa e completamente inverossímil, numa tentativa de desacreditar a reencarnação, misturando fatos e fantasias, é declarado que Moisés, Elias e, consequentemente, João Baptista são o mesmo Espírito, e que ali, no Monte Tabor, um outro Espírito tomou a aparência de Moisés e conversou com Jesus:

“O que, porém, Jesus naquela ocasião não podia nem devia dizer e que agora tem que ser dito é o seguinte: Moisés – Elias – João Baptista – são uma mesma e única entidade. Estamos incumbidos de vos revelar isso, porque chegou o tempo em que se tem de “realizar” a “nova aliança”, em que todos os homens (Judeus e Gentios) se têm que abrigar debaixo de uma só crença, da crença – em um Deus, uno, único, indivisível, Criador incriado, eterno, único eterno: o Pai; em Jesus-Cristo, vosso protector, vosso governador, vosso mestre: o Filho; nos Espíritos do Senhor, Espíritos puros, Espíritos superiores, bons Espíritos que, sob a direção do Cristo, trabalham pelo progresso do vosso planeta e da sua humanidade: o Espírito Santo. (2º vol., págs 497 / 498)

A obra é volumosa, pesada, extremamente repetitiva, escrita em tom catedrático, pretensioso, que nos remete diretamente a “O Livro dos Espíritos”, item 104, no magistral estudo que o Codificador faz a respeito da “Escala Espírita”, quando se refere aos Espíritos pseudo-sábios.
São Espíritos pertencentes a comunidades espirituais que teimam em manter erros doutrinários relativamente à interpretação da Mensagem Cristã, para as quais o Espiritismo representa grande perigo por esclarecer a Humanidade.
A respeito desses Espíritos, Emmanuel faz séria advertência, que serve também como alertamento, diante dessa verdadeira “onda editorial” que está alimentando a vaidade de médiuns invigilantes e enriquecendo editoras: “As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.”
(“A Caminho da Luz,” cap. 12).

Felizmente, a onda de roustainguismo está passando. Mas como existem ainda muitos volumes dessa obra em bibliotecas e livrarias, animamo-nos a fazer estas anotações.

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Autor: Costa Brites

j.costabrites@gmail.com

2 opiniões sobre “JOSÉ PASSINI, crítica de “Os Quatro Evangelhos” de J.B. Roustaing”

  1. Este artigo foi-me útil, em especial porque pesquisando sobre a questão tomei conhecimento da existência, entre os membros da FEB, de um embate quanto ao teor do artigo 1º do estatuto da entidade, relativamente à pureza doutrinária.

  2. Essa observação, feita por alguém que conhece bem a realidade no Brasil, tem muito interesse.

    Necessário será dizer, já agora, que esse primeiro artigo dos estatutos da FEB pressupõe a adopção obrigatória para estudo e práticas doutrinárias da obra de Jean-Baptiste Roustaing.
    Isto é, como certos intelectuais brasileiros esclarecidamente têm afirmado, a federação brasileira não deveria designar-se “espírita” .
    Deveria sim, em abono da honestidade, designar-se como Federação Roustainguista do Brasil.

    Em Portugal, sob a cobertura da FEP e da enorme maioria dos centros espíritas activos, ninguém parece interessar-se por este tema, embora “à boca pequena” e na prática diária, sejam seguidos os pontos essenciais do roustaingismo.
    A Paulo César Pires, agradecimentos pelo comentário e as melhores saudações.

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